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TERRA

by Ménage

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1.
vivo querendo ser tudo que posso até me afogar em mim 
sou preto e branco se mudo eu canto
 sou meio, princípio e fim mas o que eu digo certamente não me diz 
meu coração anseia coisas que o meu coração não concebe 
meu coração tem sede de tudo aquilo que ainda está por vir
 ando vivendo fora do corpo até desdobrar o fim 
acabo sendo de tudo um pouco rouxinol ou alecrim
 mas o que eu digo certamente não me diz 
meu coração vagueia se perde em contradição se embriaga 
sou quase que sereia metade musa metade tubarão meu coração sereia meu corpo tubarão
2.
eu sonho em janelas eu choro em paredes
feitas de isopor eu canto deitado numa rede do meu computador ando tão contente atrasado e aflito vendo o mundo se acabar mas ando fazendo o meu ofício digo que vai ser melhor a vida que deu a vida que dá 
a vida que come me morde me leva me despedaçar ao sol do concreto me aterrar, do solo ser feto
me dedicar só a fé e afeto não me afetar pelo peso do não saber lidar saber se dar
se esquecer, depois lembrar se perder pra se encontrar se entregar 
errar é sagrado
 nada é errado o mundo dá voltas 
blablablá… o mundo dá voltas
3.
Viajante 04:58
todo cantinho que eu ando há sempre um mistério esperando e movendo meu caminhar “estrada enluarada, incerto é onde vou chegar
 todo caminho que eu passo passo a passo parece um compasso do tempo da prece que faço 
“ó vida, eterna via aonde eu quero me encontrar”
 trabalhar as vibrações 
viajar pra onde estou
 
lamento dizer mas tenho que ir pois hoje eu estou 
sem tempo a perder sem lugar pra dormir mas mesmo assim eu estou
 jogando meu corpo no mundo fazendo uma revolução sem passado e também sem futuro e o presente embrulhado nas mãos
 chegando em casa no final do mês
com um presente embrulhado nas mãos
haja paciência pro tal do freguês
e um presente embrulhado nas mãos
concreto armado, asfalto solado
e um presente embrulhado nas mãos
escuta calado que o pobre coitado: - "já tem seu destino traçado…" - NÃO! prefiro sair por aí mesmo sem ter pra onde ir...
4.
Iemanjá 04:47
odoyá, inayê, princesa de ayocá, sereia iara, dona maria
janaína, iemanjá eu não sabia a cor do seu cabelo mas vi no dois de fevereiro quando eu fui lhe oferendar sereia rainha mãe do mar
aceite o que venho oferendar,
sei que é pouco mas vem da alma 
a vida no mar:
 a canção é minha oferenda que eu entrego embrulhada em renda pras ondas do ar do cantar a canção é minha atitude que eu entrego pra vida em troca de saúde ô mãe d’água, 
me aceite humildemente
traga-me nas ondas a cura eternamente sereia rainha mãe do mar aceite o que venho oferendar sei que é pouco mas vem da alma
5.
passando pelo mundo quem não viu praca parindo beija-flor passando pelo mundo quem não viu artesanato camelô sanfoneiro de saia santrope samambaia sorrindo em pleno sol vem cá só sei que no mundo de tudo um pouco tem tem trabalho trocado treta também bem alem das verdades que nos convém vem cá só sei que no mundo de tudo um pouco tem butiquim bandolim bate tamborim e a vida pulsando sem fim passando pelo mundo quem não viu caça marido enganador passando pelo mundo quem não viu jogo de bicho gigolô ateístas, artistas, candomblés carijós, marajas e acarajés
6.
como eu te quero! ando analisando sandália a cair cairá dançando antes de dormir quero estar sonhando flamenco cigano castanhola tango me assusta o esqueleto: "Mambo!" antes de sonhar quero estar cantando na varanda certa a área do sol idas e vindas a festa qualquer segunda-feira como num engano somos cuba libre no copo americano antes de sonhar quero estar dançando
7.
Siga 05:36
siga seu sexto sentido siga o seu livre arbítrio porque se anda ciranda se anda ciranda se anda ciranda
a passos de tartaruga diga o que você pensa diga não se cale seja a sua própria recompensa porque se fala, se cala se fala se cala palavra de papagaio
 direção vaga! qual vou tomar, qual vou tomar??
 siga, diga e vá
8.
O Mangue 06:35
no dia em que ele entrou no mangue sua cabeça se perdeu entrou num mundo latejante e la deixou de ser ateu o som de dentro da concha é o de fora do mar o sol pra terra é um próton a protagonizar o mesmo vento que bate no meu litoral voa pra dentro da terra em forma de espiral com o pensamento tão distante a cada instante deu valor pensar que um mundo tão pequeno, era maior que a sua dor boca do rio, braço de mar pé na lama, chuva no olhar respira o mundo com gosto de sol
em cima da terra mergulhado em sal foi quando ele compreendeu que aquilo tudo era Deus
9.
Jurema 04:42
oh jurema, guardiã de mim guia nesse ritual pra te conhecer me traz o saber de lá cabocla jurema da praia yemanjá cabocla jurema da cachoeira oxum cabocla jurema da mata oxossi cabocla jurema flecheira xangô cabocla jurema rainha oxalá
 cabocla jurema preta obaluaiê
 cabocla jurema da lua ogum
 cabocla jurema mestra nanã buruke... oh jurema!
traz coragem e proteção
cataratas de alegria chuvas de cores vivas mundos entre o sim e o não
 eu me banho em suas aguas me emaranho em seus cabelos
do teu útero renasço, o sagrado é natural
a semente deu a terra, suas ervas curandeiras
seus segredos escondidos vindo de outra dimensão

about

TERRA

2017



Mix e master por Juliano Bcheche no Tijah Studios, BH, 2017

Produzido por Juliano Bcheche e Ménage

Arte da capa por Marina Luz e Raphael da Silva

credits

released October 28, 2017

license

all rights reserved

tags

about

Ménage MG, Brazil

Band from Belo Horizonte, BR

Elisa Pretinha - voice
Pedro Cambraia - voice, nylon guitar
Gabriel Perpetuo - electric guitar
Guilherme Peluci - saxophone
Pedro Fonseca - bass guitar
Felipe Bastos - drums and percussion
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